POLÍTICA
Mourão abre o jogo para Moraes sobre minuta do golpe; veja
Senador e ex-vice-presidente presta depoimento como testemunha
Por Cássio Moreira

O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) negou, nesta sexta-feira, 23, ter participado de qualquer reunião sobre a chamada 'minuta do golpe', como é conhecido o documento encontrado na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
A declaração ocorreu durante depoimento, na condição de testemunha, para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante audiência sobre o inquérito que apura a trama de tentativa de golpe de Estado que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Não participei de nenhuma reunião que discutisse minuta de estado de exceção", afirmou o senador, que ainda disse não acreditar no risco de ser monitorado por algum integrante do movimento golpista.
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Segundo o relatório da Procuradoria-Geral da República, havia o temor de que Mourão, que não aparece como um dos integrantes do grupo, se encontrasse com Moraes para discutir sobre o plano arquiteto.
“Não fiquei sabendo, ministro. Não me preocupei com isso porque meus atos eram todos públicos. Até porque se eu fosse me encontrar com o sr. eu diria ao presidente (Bolsonaro). Não temos nada a esconder, não somos bandidos”, pontuou Mourão.
Réus na trama golpista
Até o momento, 21 nomes denunciados no relatório da PGR se tornaram réus por possíveis crimes cometidos dentro da trama que tinha como objetivo executar um golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022.
Entre os nomes, estão o ex-presidente Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, seu vice na chapa presidencial de 2022, e Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, além dos integrantes do chamado grupo 'Kids Pretos', que tinha como objetivo ass o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).
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