OFENSIVA
Moraes e mais ministros do STF estão na mira das sanções de Trump
Possíveis sanções fazerm parte de estratégia bolsonarista contra judiciário brasileiro
Por Redação

As sanções econômicas que o governo Donald Trump avalia adotar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, podem ser ampliadas também para outras autoridades do judiciário brasileiro.
Segundo a colunista Malu Gaspar, de O Globo, entre os nomes cogitados estão o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o presidente do STF Luís Roberto Barroso e o decano do Tribunal, Gilmar Mendes.
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A possibilidade de sancionar Moraes foi itida publicamente pela primeira vez pelo secretário de Estado Rubio durante uma audiência no Congresso dos EUA na última quarta-feira, 21.
“Isso está sob análise no momento e há uma grande possibilidade de que aconteça”, disse o secretário de Estado, equivalente ao ministro de Relações Exteriores no Brasil em resposta a um questionamento do deputado Corry Mills (Flórida), do Partido Republicano.
No caso de Alexandre de Moraes, os bolsonaristas vinham tentando convencer o governo Trump de que várias decisões do ministro no Brasil afetaram cidadãos americanos nos EUA, como no caso da suspensão de perfis em redes sociais e na derrubada temporária do X, plataforma sediada no país e controlada por Elon Musk , assessor sênior de Trump na Casa Branca, em 2024.
A estratégia seria orquestrada em diferentes fases para tentar desgastar o Supremo e o Judiciário brasileiropara forçar um recuo por parte da Corte no julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro nas investigações da trama golpista, além de criar o ambiente para a aprovação do projeto que visa anistiar os envolvidos nos ataques do 8 de janeiro.
Criada por Obama
As chamadas avaliações Ofac, sigla em inglês para Office of Foreign Assets Control, na tradução, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro são amparadas pela chamada lei Magnitsky, criada no governo Barack Obama (2009-2017) para punir autoridades estrangeiras violadoras de direitos humanos.
Neste segundo mandato de Trump, a legislação já embasou duras restrições ao procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) Karim Khan, responsável pelo pedido de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra na Faixa de Gaza desde 2023.
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