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Marcos históricos em ruas e museus preservam a memória de Salvador 6c1c5h

Monumentos relembram momentos-chave da cidade e da sua formação como capital do Brasil colonial 604qa

Por Leo Prado

29/03/2025 - 2:00 h
Pedra do marco da fundação de Salvador de 1549
Pedra do marco da fundação de Salvador de 1549 -

Com seus 476 anos de existência, Salvador é uma cidade marcada pela história. Esculturas, monumentos e marcos históricos espalhados por ruas e museus preservam a memória da capital e relembram sua fundação em 1549, como a primeira do Brasil.

“Nós temos marcos e elementos que remetem ao período colonial e ao fato de Salvador ter sido a capital da América Portuguesa por mais de 200 anos. Na Rua Chile, por exemplo, há um monumento alusivo à fundação da cidade. Na Barra, temos o Marco da Fundação, um no Porto e outro no Farol, todos fazendo referência a momentos importantes da história. E cada um com um significado diferente”, explica o historiador baiano Rafael Dantas.

Rafael conta que, ao chegarem às terras brasileiras, os portugueses espalhavam estruturas e monumentos de pedra para definir a posse de territórios e delimitar fronteiras. Assim, as figuras vistas hoje são réplicas, construídas em datas comemorativas e históricas, desses marcos utilizados no período colonial.

Entretanto, ainda há um único exemplar de um marco originalmente utilizado pelos portugueses encontrado na cidade, guardado no museu do Palácio Arquiepiscopal de Salvador. O objeto é um pedaço de rocha feito de lioz e calcário, que contém a inscrição "Torre do Tombo". Segundo Rafael, o nome faz referência ao arquivo de posses do reino de Portugal.

“Os monólitos de pedra eram espalhados pelo território e gravados com nomes específicos para fazer alusão ao domínio português. Muitos outros existiam, mas este é o único e mais antigo marco que ainda temos em Salvador”, pontua Rafael.

A pedra foi encontrada em uma fazenda na região do município de Candeias, na região metropolitana de Salvador, em 2006. Após isso, foi levada para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde foi confirmada a sua veracidade. De acordo com Rafael, outros marcos originais podem estar perdidos pela Bahia. “Provavelmente existem outros, que estão soterrados. O problema é que ninguém sabe onde estão”, comenta.

Fundação da cidade

No Porto da Barra, o Marco da Fundação da Cidade do Salvador destaca-se como um dos principais cartões postais da cidade relacionados aos tempos coloniais. O símbolo foi instalado em 29 de março de 1952, data de aniversário da capital. A estrutura, esculpida pelo português João Fragoso, possui 6 metros de altura e carrega em sua ponta os símbolos da Coroa Portuguesa e da Cruz de Cristo. Ao lado do marco, o local ainda exibe um de azulejos que retrata a chegada de Tomé de Sousa à Bahia.

“Esse marco celebra o mês de fundação da cidade e representa a sua fundação em 1549. Ele é extremamente importante para a identidade do povo soteropolitano, pois simboliza a chegada de Portugal aqui. As pessoas se reconhecem nesses símbolos”, defende o professor de História da Bahia, Murilo Mello.

De acordo com Murilo, o local onde a estrutura está localizada foi o ponto de partida para a construção e expansão da cidade. “Ali, primeiramente, foi construída uma vila, conhecida como Vila do Pereira. Depois, Tomé de Souza começou a expandir a cidade, adentrando pela praia”.

Apesar do simbolismo, o diretor da Associação de Moradores e Amigos da Barra (Amabarra), Waltson Campos, se queixa de um certo descaso da população com o monumento e alega até que é utilizado como “sanitário”: “Poucas pessoas sabem dos episódios históricos que ocorreram ali, ou não se importam muito. Um monumento como esse não pode ser tratado dessa forma. Tem gente que vai e não consegue ficar nem dois minutos, por conta do mau cheiro”.

História viva

Para Waltson, os marcos históricos da capital têm o papel de reforçar o valor da cidade. “É importante para que se compreenda a importância de Salvador. É necessário que as pessoas não esqueçam sua história e suas raízes. Os monumentos, espalhados pela cidade, tornam essa história viva. E poucas cidades têm uma história como a nossa.”

Além dos marcos, o historiador Rafael Dantas destaca outras estruturas que rememoram o período colonial, como a estátua em homenagem a Tomé de Sousa, no Centro Histórico de Salvador. “Foi ele quem fundou a cidade em 1549. Ele foi responsável pela criação de Salvador naquele período e pelas primeiras construções. Foi o nosso primeiro gestor público”, lembra Rafael sobre o português.

“Esses registros são testemunhos da época de criação e consolidação do que veio a se tornar a Bahia e a cidade de Salvador. É preciso preservá-los, pois são recortes desse tempo”, diz ele.

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