POLÍTICA
Saiba tudo sobre o "escândalo" no TSE para investigar bolsonaristas 344j1u
Indício de ação suspeita do ministro Alexandre de Moraes foi apontada em matéria da Folha de São Paulo 4n4x1l
Por Da Redação

Em reportagem divulgada na terça-feira, 13, o jornal Folha de São Paulo revelou mensagens de WhatsApp de assessores do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pedindo informalmente que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) produzisse relatórios sobre investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais.
Dentre os investigados, estavam blogueiros bolsonaristas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo.
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A matéria cita que o gabinete do ministro usou o setor de combate à desinformação do TSE como uma espécie de "linha auxiliar" para justificar decisões do magistrado contra a tropa de choque bolsonarista. À época, Moraes presidia a corte eleitoral.
De acordo com a matéria, a corte foi usada pelo gabinete de Moraes para 'turbinar' as investigações e o inquérito que corria na Suprema Corte, mesmo em temas que não fossem ligados ao pleito nacional de 2022.
Os assessores envolvidos no caso das mensagens são: o juiz instrutor Airton Vieira, considerado assessor mais próximo de Moraes e Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED). Em um dos diálogos, Airton teria pedido relatórios voltados aos aliados de Jair Bolsonaro (PL).
O que diz Moraes
Após a divulgação da matéria, o gabinete do minsitro se pronunciou sobre o caso da "investigação não oficial".
O gabinete afirmou que todos os procedimentos realizados para requisitar informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no âmbito dos inquéritos que investigam a disseminação de fake news e a atuação de milícias digitais durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foram oficiais e regulares.
Segundo o gabinete de Moraes, o TSE tem poder de polícia e pode realizar as pesquisas.
"O gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações do Inquérito (INQ) 4781 (Fake News) e do INQ 4878 (milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à democracia e às Instituições", diz trecho da nota.
O ministro também esclareceu, por meio do gabinete, que os relatórios apenas descreviam postagens ilícitas nas redes sociais e eram enviadas para investigações da Polícia Federal.
"Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República", conclui a nota.
O que diz os bolsonristas
Rodrigo Constantitno, um dos bolsonaristas citados, veio a público para fazer duras críticas ao ministro e auxiliares. Segundo ele, Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro agiram como "capangas" a serviço de um "criminoso".
"Dois capangas agindo a serviço de um ilegal, um criminoso", disse. "Um dos assessores do Alexandre de Moraes é criminoso em outros aspectos, crime doméstico também. Está muito claro que eles sabiam que era forçação de barra", disse.
Constatino ainda apontou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como cúmplice do ministro e pediu a prisão do magistrado.
"O meu processo é uma coleção de tweets", disse o blogueiro, emendando que pedirá vistas ao processo.
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