Moraes determina prisão de Léo Índio, 'sobrinho' de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira, 2, a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, sobrinho de consideração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Léo Índio, que participou dos atos golpistas de janeiro de 2023, deixou o Brasil, mesmo com os aportes cancelados. Atualmente, o primo dos filhos do clã Bolsonaro está na Argentina, onde desembarcou no último mês. A decisão de Moraes segue um pedido de Paulo Gonet, procurador-geral da República (PGR).

Ao pedir a prisão, Gonet afirmou que Léo Índio "descumpriu medida cautelar alternativa à prisão, a evidenciar sua insuficiência, o descaso com a aplicação da lei penal e desrespeito às decisões emanadas pelo Supremo Tribunal Federal".

Já Moraes afirmou que Léo fugiu ao deixar o Brasil com plena consciência de que seu aporte havia sido cancelado, mesmo sem a necessidade de apresentar o documento para entrar no país.

"O réu demonstrou ampla intenção de sair do território nacional com a finalidade de se evadir do distrito de culpa, uma vez que o acusado tendo plena ciência do cancelamento de seu aporte, deliberadamente fugiu do Brasil, tendo ingressado na Argentina com o documento de identidade, em razão da desnecessidade de apresentação obrigatória de aporte em países do Mercosul", afirmou Moraes.