REAÇÃO
Lula defende Moraes após ameaça de sanções do governo Trump
"Nunca critiquei a Justiça deles", disse o presidente
Por Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e criticou o governo de Donald Trump por sugerir sanções contra o magistrado.
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“Os EUA querem processar o Alexandre de Moraes porque ele quer prender um cara brasileiro que está lá nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro. Que história é essa de os EUA quererem negar alguma coisa e criticar a Justiça brasileira? Eu nunca critiquei a Justiça deles. Eles fazem tanta barbaridade, tanta guerra, matam tanta gente, e por que eles vão querer criticar o Brasil”, frisou o presidente durante a convenção nacional do PSB, em Brasília, no domingo, 1º.
Lula discursou no encerramento da convenção e se referiu a um ofício enviado pelo Departamento de Justiça dos EUA diretamente ao Ministério da Justiça brasileiro. O documento tem caráter meramente informativo e não ou pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e, portanto, não resultará em encaminhamentos no país.
No mesmo contexto, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou na quarta-feira, 28, restrições de visto a autoridades estrangeiras acusadas de serem “cúmplices da censura a americanos”. Embora não tenha citado diretamente Moraes, Rubio tem sido respaldado por círculos trumpistas sobre o tema.
Sanção
No dia 21 de maio, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou em audiência no Congresso americano que há “grande possibilidade” de o governo aplicar sanções contra Moraes com base na Lei Global Magnitsky. Essa lei permite punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção.
Bolsonaristas vinham tentando convencer o governo Trump de que várias decisões do ministro no Brasil afetaram cidadãos americanos nos EUA, como no caso da suspensão de perfis em redes sociais e na derrubada temporária do X, plataforma sediada no país e controlada por Elon Musk , assessor sênior de Trump na Casa Branca, em 2024.
A fala causou incômodo no Itamaraty, que vê na declaração uma tentativa de interferência nos assuntos internos do Brasil e uma afronta ao Judiciário nacional.
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