EM MAIO
Governo lançará programa emergencial de reforma agrária, diz ministro 5m4f
Paulo Teixeira aponta que medida surge de demanda reprimida de seis anos sem desapropriações de terras 3t461n
Por Da Redação

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o governo federal planeja lançar um programa emergencial de reforma agrária neste mês de maio. Ele disse que a medida vem para atender a uma "demanda represada" de pequenos agricultores após um período sem a reorganização da estrutura fundiária do país. A informação foi dada durante entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira, 1º.
“Depois de seis anos sem que o governo federal tenha desapropriado um centímetro de terra, há um represamento das demandas pela reforma agrária. Tem inúmeros acampamentos, por exemplo, com crianças que nasceram lá e hoje têm 7, 8 anos de idade. Não tem qualquer política para elas e é por isso que há essa movimentação do governo”, destacou Teixeira.
“É por isso que vamos lançar esse programa. O governo do presidente Lula quer paz no campo, uma relação em que essas demandas sejam encaminhadas e transformadas em novos assentamentos, com trabalhadores tendo crédito e assistência”, complementou o ministro.
O anúncio do programa emergencial surge após o governo incluir o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, conhecido como "Conselhão". O colegiado foi recriado pelo presidente Lula em março e é composto por movimentos sociais, representantes da sociedade civil e empresários, com o objetivo de assessorar na formulação de políticas públicas.
Teixeira mencionou ainda que o Abril Vermelho foi um momento propício para dialogar com o MST, e que o governo irá respeitar a Constituição durante os esforços para reorganizar a estrutura fundiária do país.
“Temos muitas grandes propriedades e minifúndios, e muitas famílias não têm condições de prosseguir na terra tendo em vista o tamanho da propriedade. Essa é uma demanda natural pela reforma agrária. A Constituição diz que tem que respeitar a propriedade privada, mas também diz que ela tem que cumprir uma função social”, defendeu.
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