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INVETSIGAÇÃO

Invasão à Câmara deve virar CEI; vereador Hamilton Assis é alvo

Tema foi assunto da sessão ordinária desta segunda-feira, 22

Por Gabriela Araújo

26/05/2025 - 21:20 h
Vereador Hamilton Assis (PSOL) nega participação no ato
Vereador Hamilton Assis (PSOL) nega participação no ato -

A invasão protagonizada pelos servidores municipais à Câmara Municipal de Salvador (CMS) na última quinta-feira, 22, deve virar alvo de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na casa.

A proposta foi sugerida pelo vereador Cezar Leite (PL), no plenário, e deve avançar no Legislativo em meio à indignação dos vereadores com o caso.

“Com essa comissão, eu quero saber quem anda financiando ou quem financiou toda essa movimentação?”, questionou o edil nesta segunda-feira, 26, em sessão ordinária.

O vereador Claudio Tinoco (União Brasil) deve se associar ao pedido. Em conversa com o Portal A TARDE, o edil diz que a medida aparece como uma das melhores alternativas, e mencionou as acusações feitas pela vereadora contra ele.

“Eu acho que é a melhor instância, melhor circunstância para que a gente reúna todos esses elementos, inclusive, essas acusações dela [Eliete Paraguassu]”, afirmou.

A declaração de Tinoco está relacionada às falas da vereadora, que o acusou de praticar “racismo e machismo” contra ela, durante a votação do reajuste do funcionalismo público a portas fechadas. A apreciação da matéria aconteceu na última quinta na sala das comissões.

“O vereador Claudio Tinoco chateado, como todo mundo, nervoso, naquele momento. Mas eu, a marisqueira, quilombola, era culpada pela ocupação que estava aqui. O vereador vem e diz para mim: ‘Seu lugar é lá na rua com o seu povo’”, disse Eliete nesta tarde, em sessão ordinária.

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O vereador André Fraga (PV) também é um dos nomes da casa que apoia a instalação do colegiado especial para investigar o episódio, que segundo os edis, se assemelha ao 8 de janeiro.

“Eu defendo. Em relação à invasão da Câmara no dia 22, a Câmara possa conceder a criação de uma CEI para que possa apurar as responsabilidades, seja de lado A ou lado B, quem foi que teve a responsabilidade do quebra-quebra e de agressão dos vereadores. Essas pessoas precisam ser identificadas e punidas”, afirmou Fraga.

Na mira dos vereadores

Além da CEI, outra pessoa que está na mira dos edis é o vereador Hamilton Assis (PSOL). Isso porque os parlamentares alegam que a sigla de Assis foi responsável por articular a invasão dos servidores.

Tinoco, por sua vez, foi o porta-voz na Casa Legislativa sobre a abertura de uma representação contra o mandato do psolista. A declaração foi feita durante sua fala em plenário.

“Vou solicitar uma representação contra o vereador Hamilton Assis, se puder farei isso no dia de amanhã porque, entre outras coisas, atribuiu a este vereador, afirmações inverídicas, dentre elas que nós do Poder Legislativo de Salvador, tínhamos, uma sociedade secreta”, declarou o líder do União.

Sem citar o nome do colega, a vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) expôs uma suposta articulação envolvendo políticos, que segundo ela, estava inflando as manifestações e orientando os servidores por meio de mensagem.

“Feriram a nossa democracia e quiseram cercear o nosso direito de ser vereador. Hoje vim com segurança porque tive medo pela minha vida, e eu não sei o que pode acontecer, já que soube que havia vereadores aqui dentro mandando mensagens dizendo ‘pode invadir’, depredar a casa do povo”, disse a edil.

Em seguida, ela ainda falou sobre a recomendação descumprida por Hamilton Assis após o fim da votação do reajuste do funcionalismo público.

“Pedimos a ele que aguardasse para que todos os vereadores saíssem juntos pela segurança dos vereadores. Ele disse que não ficaria e disse que não saiu [junto com os demais] porque estava doente. Mas, chegou a esse plenário”, disse.

Assista vídeo

O deputado estadual Hilton Coelho e o ex-candidato à prefeitura de Salvador, Kleber Rosa, ambos do PSOL, estiveram no plenário da Câmara durante a confusão.

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

Já nos bastidores do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador (CMS) circula a informação de que o edil deve ser acionado pelo colegiado.

O Conselho, que está sob responsabilidade do vereador Alexandre Aleluia (PL), ainda não recebeu nenhum documento sobre o assunto.

“A gente analisa qualquer representação vinda de algum partido ou de alguma bancada e não existe nada ainda. Não deram entrada ainda em nenhuma provocação nesse sentido”, afirmou ao liberal ao Portal A TARDE.

Corregedor-geral da Câmara, vereador Alexandre Aleluia (PL)
Corregedor-geral da Câmara, vereador Alexandre Aleluia (PL) | Foto: Gabriela Araújo | Ag. A TARDE

Informações obtidas pelo portal ainda dão conta de que a Procuradoria da casa legislativa irá apurar os atos dos manifestantes. Já o presidente da CMS, vereador Carlos Muniz (PSDB), também defende a punição dos responsáveis pelo caso.

"Todos aqueles que fizeram aquele vandalismo têm que pagar pelo erro que cometeu. Quando você comete um erro, tem que estar sabendo que aquele erro que você está cometendo vai haver punição. Então, que a lei determina é que eles sejam punidos".

O que diz Hamilton Assis

Procurado pelos jornalistas, o vereador Hamilton Assis (PSOL) acusa os colegas de “irresponsabilidade” por associá-lo à invasão dos servidores ao auditório do Centro de Cultura da CMS.

“Eu nem estava aqui na hora em que ocorreu todo o tumulto. Eu acho que as pessoas que estão declarando isso é de uma irresponsabilidade muito grande. Estão querendo colocar mais lenha na fogueira e procurar um bode expiatório”, afirmou o psolista.

Na ocasião, o legislador contou à imprensa o motivo do seu atraso para a sessão extraordinária, que aprovou o reajuste do funcionalismo público, na última quinta-feira, 22.

“Primeiro, eu estava na Universidade Federal da Bahia (UFBA) defendendo o meu mestrado, pelo qual eu fui aprovado, graças a Deus, e só tinha cabeça para isso naquele momento. Logo depois que terminou, eu me dirigi ao plenário e foi quando eu fiquei sabendo [da invasão]”, falou Hamilton.

Imagem ilustrativa da imagem Invasão à Câmara deve virar CEI; vereador Hamilton Assis é alvo
| Foto: Gabriela Araújo | Ag. A TARDE

Ele ainda criticou o corte de salário dos professores que aderiram à greve da categoria.

“A prefeitura, por exemplo, deixou vazar contracheques de trabalhadores e trabalhadoras, com descontos, principalmente de professores, quando esses descontos, por exemplo, só podem ser efetivados se esses trabalhadores não efetivamente trabalham. Aí, em situação de greve, o contrato é suspenso”.

Pagou com traição?

O presidente Carlos Muniz (PSDB), por sua vez, demonstrou estar decepcionado com a situação e diz que o ato foi encarado por ele como "uma traição".

"Eu me senti traído, porque você atende todos os sindicalistas que você é procurado. Todos aqueles que me procuraram, eu atendi. Tentei fazer da melhor forma possível uma ligação entre o prefeito e os sindicalistas para que fosse feito um acordo da melhor forma, mas chegou um momento que esse acordo não pôde ser feito", proferiu.

Presidente Carlos Muniz (PSDB) ao centro da foto na Mesa Diretora
Presidente Carlos Muniz (PSDB) ao centro da foto na Mesa Diretora | Foto: Gabriela Araújo | Ag. A TARDE

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