BAHIA
Atuação de mineradora em Jaguarari pode estar causando abalos sísmicos y516g
Empresa EroBrasil Caraíba (MCSA) atua na extração de minério no distrito Pilar 4v653
Por Da Redação

Somente em 2024, o município de Jaguarari, no interior do estado, registrou 41 abalos sísmicos, segundo o Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O município possui atividade de mineração de cobre no distrito de Pilar, comandada pela empresa EroBrasil Caraíba.
De acordo com reportagem do UOL, a sequência de abalos fez com que o Núcleo Bahia/Sergipe da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG), a UFBA e a UEFS a publicassem uma nota técnica, no início do mês, defendendo a paralisação das atividades em áreas mais suscetíveis a eventos sísmicos. O último tremor registrado foi no dia 24 de julho, de 3,6 na escala Richter.
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À reportagem, a EroBrasil informou que paralisou as atividades após a preocupação de moradores da localidade e disse que o epicentro está fora da área de sua atuação, mas em uma falha geológica conhecida, localizada a aproximadamente 1.000 metros de profundidade.
A empresa disse ainda que monitora a área e garantiu a "imediata e preventivamente, em cumprimento ao seu procedimento interno de segurança, evacuação da mina subterrânea e paralisou todas as atividades, até que fosse feita uma inspeção-geral em suas estruturas."
Em contato com o Portal A TARDE, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) afirmou que, por ser uma sociedade de economia mista, com um papel primordial na pesquisa e exploração de recursos minerais no estado da Bahia, não possui atividades relacionadas ao monitoramento ou à análise de abalos sísmicos nos municípios causadas ou não pela exploração mineral.
A CBMP reforçou ainda que não possui nenhum contrato ou qualquer forma de colaboração com a EroBrasil Caraíba (MCSA) e por isso não possui ou não pode abrir verificações acerca das atividades dessa empresa.
Ainda conforme a EroBrasil, a mineração em Pilar conta com cerca de 500 trabalhadores, entre diretos e terceirizados e que a mina é "integralmente monitorada por um sistema de microssísmica."
"Esse sistema capta micro variações do solo, o que nos permite tomar ações preventivas, em alguns casos. Uma vez identificada alguma variação pelo sistema, a equipe de geotecnia a a monitorar o local, isolando a área e removendo colaboradores, se for o caso", diz a nota enviada ao UOL.
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