DEFESA
Ataques à Marina Silva: saiba o que ministros pensam sobre o assunto
Primeira-dama Janja da Silva também se posicionou sobre o tema
Por Gabriela Araújo

Os ataques e ofensas proferidos à ministra Marina Silva nesta terça-feira, 27, durante sessão no Senado gerou repercussão no primeiro escalão do governo Lula (PT) e mobilizou os parlamentares no Congresso Nacional.
Uma das primeiras pessoas a manifestar solidariedade à Marina foi a ministra das Mulheres, Márcia Lopes. Em nota, a titular da pasta considerou a ação protagonizada pelo senador Marcos Rogério (PL-RO) como "misógina" e "lamentável".
“É um episódio muito grave e lamentável, além de misógino. Toda a minha solidariedade e apoio à Marina Silva, liderança política respeitada e uma referência em todo o mundo na pauta do meio ambiente. É preciso que haja retratação do que foi dito naquele espaço e que haja responsabilização para que isso não se repita”, disse.
No comunicado, a ministra afirmou que o bate-boca dos senadores com Marina beirou ao desrespeito à figura feminina. “Ela foi desrespeitada e agredida como mulher e como ministra por diversos parlamentares – em março, um deles já havia inclusive incitado a violência contra ela”, lembrou Márcia Lopes.
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Já a primeira-dama Janja da Silva diz estar "indignada" com a situação e fez coro ao pedido de respeito levantando pela ministra das Mulheres,
“Impossível não ficar indignada com os desrespeitos sofridos pela ministra Marina Silva durante sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado”, iniciou a mulher de Lula (PT).
E acrescentou: “Marina Silva é uma ministra que merece extremo respeito. Implantou políticas que contribuíram significativamente para o desmatamento em nosso país, e seu dedicado trabalho torna o Brasil cada vez mais referência nas ações de combate às mudanças climáticas".
Lula se posiciona
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para Marina Silva (Rede), nesta terça-feira, 27, após a ministra do Meio Ambiente discutir com senadores e abandonar uma sessão da Comissão de Infraestrutura na Casa.
Segundo informações divulgadas pela pasta, Lula prestou solidariedade e afirmou que a ministra agiu de maneira correta ao bater de frente com os senadores Marcos Rogério (PL-RO) e Plínio Valério (PSDB-AM).
Outros posicionamentos
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se posicionou sobre o caso. Nas redes sociais, a aliada do mandatário repudiou as declarações dos congressistas.
"Inissível o comportamento do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério, e do senador Plínio Valério, na audiência de hoje com a ministra Marina Silva. Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã. Manifestamos repúdio aos agressores e total solidariedade do governo do presidente Lula à ministra Marina Silva”, disse.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, classificou o episódio como "revoltante".
"Toda a minha solidariedade à ministra Marina Silva, alvo de mais um episódio inaceitável de violência política. É revoltante assistir ao desrespeito e à tentativa de silenciamento de uma mulher".
Toda a minha solidariedade à ministra Marina Silva, alvo de mais um episódio inaceitável de violência política. É revoltante assistir ao desrespeito e à tentativa de silenciamento de uma mulher.
— Margareth Menezes (@MargarethMnzs) May 27, 2025
O caso
Durante audiência no Senado, nesta terça, 27, a ministra Marina Silva discutiu com os senadores Plínio Valério, com quem já tinha protagonizado uma polêmica recente, e Marcos Rogério (PL), que presidia a sessão.
Após ser interrompida no microfone, Marina decidiu deixar o colegiado. “Como eu estou convidada como ministra, ou ele me pede desculpas, ou eu vou me retirar. Eu fui convidada como ministra. E se como ministra ele não me respeita, eu vou me retirar”, afirmou.
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