OPINIÃO
Editorial - Arbitragens imperfeitas 1t222g
Leia o editorial de hoje 64i2f
Por Redação

Respeitar os regulamentos e as decisões dos responsáveis pelo seu rigoroso cumprimento é um dos mandamentos do ideário neoolímpico fundado na proposta de Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, em 1896.
Segue, daí, a lei da reciprocidade: compete às mulheres e homens do apito esforçarem-se para aplicar as regras, tendo como acréscimo, o poder das novas tecnologias de rever os lances polêmicos.
Os erros, no entanto, persistem e até multiplicam-se, pois o “árbitro assistente de vídeo”, o polêmico VAR, também a pelo filtro da consciência humana.
Mesmo pessoas de inteligência acima da média deixam-se levar pelo engodo tecnológico, formando crença numa invicta perfeição jamais factível, exceto no hipotético campeonato do Monte Olimpo.
Pode-se itir a hipótese de ter saído pela culatra, ao menos no futebol brasileiro, o reforço da máquina, pois além de as falhas tornarem-se mais frequentes, a autoridade dos “referees” foi duramente solapada.
Mesmo a marcação do mais reles lateral ou uma falta no campo de defesa suscita assembleias, o enxame de jogadores desmoralizando não apenas o profissional do apito, mas a competição envolvendo uma dinheirama.
Não se pode ser leviano a ponto de supor intencionalidade, embora a farra das apostas já tenha indiciado jogadores; tampouco se deve alegar direito a ingenuidade quem conhece as mumunhas do futebol.
Lamentavelmente, no ato de extração do ex-presidente da CBF, não foi possível varrer com ele uma estrutura prenhe de práticas viciosas, as quais ficam invisíveis para o grande público, restando apenas a ponta do iceberg.
Seria de bom tom a aplicação de sanções a quem prefere marcar o oposto do que aconteceu, mesmo revendo o lance no VAR, mas o ambiente tornou-se de tal forma contaminado a ponto de generalizar-se o descrédito.
Resta buscar no arquivo duas soluções: “restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”, de Stanislaw Ponte Preta; ou liberar os “furtos”, mas para os dois lados, equilibrando o jogo, como dizia Nelson Rodrigues.
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