RECONHECIMENTO
Prêmio Brasil Olímpico homenageia 1° medalhista olímpico do judô 5d4658
Chiaki Ishii receberá o Troféu Adhemar Ferreira da Silva 411av
Por Marcello Góis

Uma das lendas do judô brasileiro será homenageada no Prêmio Brasil Olímpico 2023. Chiaki Ishii, primeiro brasileiro medalhista olímpico na modalidade, receberá o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, durante o evento que será realizado nesta sexta-feira, 15, no Rio de Janeiro. Ishii conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em 1972.
Em sua academia localizada em São Paulo, o mestre revelou atletas que se tornaram medalhistas olímpicos, como Walter Carmona e Rafael “Baby” Silva. Ishii tem 82 anos e é pai das atletas Tânia e Vânia Ishii, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999.
“Eu me sinto honrado por fazer parte do grupo seleto de grandes atletas que fizeram história e contribuíram para o esporte olímpico brasileiro. Para mim é um orgulho ver o judô que antigamente era visto como Arte Marcial e Defesa Pessoal se transformar em um Esporte Olímpico que traz medalhas e esperanças ao Brasil. Faz sentido o ditado do Mestre Jigoro Kano ‘Seiryoku Zenyo’, que significa ‘o uso mais eficiente da força’ e ‘Jita kyoei’, que significa ‘princípio de prosperidade e bem estar mútuo’. Eu sempre tive como objetivo o crescimento do Judô no Brasil e esses ensinamentos, como forma de respeito ao próximo, eu sempre preguei ao longo da minha carreira”, disse Ishii.
Ishii se mudou para o Brasil após uma frustração. Ele perdeu a seletiva japonesa para os Jogos Olímpicos de 1964, a primeira em que o judô seria disputado, para Isao Okano, que foi o campeão olímpico na ocasião. Após viajar pela América do Sul, parou no Brasil e decidiu virar caubói, inspirado nos filmes norte-americanos. Por aqui ele trabalhou como agricultor numa colônia japonesa em Presidente Prudente-SP.
“Com apenas um judogui nas costas, treinei e lutei muito até conquistar a medalha de bronze olímpica”, revelou Ishii, que também foi o primeiro brasileiro a ganhar medalhas em Mundiais de judô, com o bronze em Ludwigschafen, em 1971.
“Acredito que consegui apresentar aos brasileiros Judô, Sumô, esportes que fazem parte da cultura japonesa para os brasileiros. E, através da minha conquista e treinamentos, ar a confiança e fazer acreditar que se eu consegui ganhar a medalha nos Jogos Olímpicos, então todos podem. O segredo é treinar, se dedicar. ar essa autoconfiança aos atletas das quais treinei como Aurélio Miguel, Walter Carmona e Rogério Sampaio e vê-los conquistando as medalhas olímpicas é um motivo de muito orgulho para mim. Assim como ver o Judô se tornar um dos esportes olímpicos mais praticados no Brasil. Vejo a minha contribuição desta maneira”, concluiu.
Vale salientar que o Troféu Adhemar Ferreira da Silva é oferecido aos atletas brasileiros que se destacaram e construíram um legado consistente e eterno.
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