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Facções criminosas usam apostas esportivas para lavar dinheiro, diz PF 1dhy
Ações criminosas ocorreram em alguns estados brasileiros 6gp4a
Por Da Redação

Investigações da Polícia Federal apontam que facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), e líderes do jogo do bicho, estão disputando fatias de apostas esportivas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rondônia. A meta das organizações e aumentar os lucros de atividades ilícitas através das bets.
Legalizadas no país desde 2018 e com processo de regulamentação em andamento em 2024, as bets têm sido usadas para crimes, como homicídios, incêndios e até ataques em casas de apostas, de acorro com o jornal "O Globo".
A Polícia Federal prendeu dois parentes de Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder do PCC, devido o envolvimento da facção com casas de apostas no estado do Ceará. Segundo as investigações, o sobrinho de Marcola fazia anúncios da plataforma Fourbet em suas redes sociais. Foram encontrados documentos ligados a transações financeiras durante a prisão de Francisca Alves da Silva, cunhada de Marcola.
Segundo a PF, o quarteto foi indiciado por organização criminosa e prática de lavagem de dinheiro através de plataformas de apostas. Foi mapeado o valor de R$ 301 milhões movimentados nas contas bancárias de mais de 20 pessoas investigadas. O valor pode ser maior, pois não foi levantado o total de dinheiro lavado.
No Ceará, o PCC disputa o controle de casas de apostas com CV. Em 2021, chefes do CV proibiamr empresas como a Loteria Fort e a Fourbet de operar em sua área de influência. As bets também se tornaram um alvo da máfia que domina o jogo do bicho e as máquinas caça-níquel no Rio de Janeiro. O bicheiro Rogério Andrade investe desde 2020, de acordo com um email enviado a um de seus funcionários, encontrado pelo Ministério Público.
Já em Rondônia, a PF identificou que o gerente de um site de apostas lavava dinheiro oriundo do tráfico de drogas do CV em oito estados brasileiros. Segundo o inquérito, o dinheiro era injetado na Rondo Esportes, de Leandro Blumer, e depois retornava aos próprios membros da quadrilha no formato de “prêmios”.
A casa chegou a pagar quase R$ 13 milhões a apostadores em apenas uma semana em seu maior movimento. A PF, através de uma das investigações, apurou que uma carga de 126kg de cocaína gerou pagamentos de R$ 1,1 milhão feitos à quadrilha.
O dinheiro investido na Rondo Esportes, que foi patrocinadora um time de futebol profissional e que até teve a abertura de uma filial no Mato Grosso, que acabou suspensa pela Justiça.
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