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INOVAÇÃO

Carteiras digitais redefinem as transações financeiras 203x47

Dispositivos como Apple Pay e Samsung Wallet revolucionam os meio de pagamentos, tornando a gestão do dinheiro mais prática e segura 4c4g49

Por Laura Pita*

26/05/2025 - 6:10 h
Modalidade de pagamento foi acelerada durante a pandemia
Modalidade de pagamento foi acelerada durante a pandemia -

Imagine fazer pagamentos utilizando apenas o celular. Isso já é possível a partir de aplicativos como Apple Pay e Samsung Wallet. Conhecidos como carteiras digitais, ou e-wallets (no inglês), esses apps ou plataformas online armazenam dados financeiros dos usuários, como cartões de crédito e débito, permitindo pagamentos e transferências de forma eletrônica.

“O século XXI chegou com força total, trazendo avanços tecnológicos que continuam a nos surpreender ano após ano. E, naturalmente, amos a utilizar essas inovações também na gestão das finanças pessoais. Cada vez mais pessoas estão aderindo às carteiras digitais, que funcionam como as antigas carteiras físicas, onde guardávamos dinheiro, cartões de crédito e débito”, afirma Edval Landulfo, economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon).

“As carteiras digitais oferecem uma economia significativa de tempo. Não é mais necessário procurar terminais de saque ou de pagamento com cartão: a operação pode ser feita diretamente no aplicativo. Outro benefício é a agilidade nas transações. Pagamentos se tornam instantâneos, como no caso do Pix, e essa velocidade se estende para diversas outras formas de pagamento, beneficiando tanto os usuários quanto os estabelecimentos comerciais e instituições financeiras”, destaca o vice-presidente do Corecon.

A estudante Nathalia Medeiros aponta esse benefício como o principal motivo de usar frequentemente o Apple Pay. “É muito mais prático, e eu costumo esquecer meus cartões em casa. Com a carteira, eu não corro o risco de precisar e não ter. Inclusive, guardo até alguns documentos na carteira digital, como a carteira de vacinação”, destaca.

A professora de inglês Júlia Betty concorda com Nathalia. “Uso o Apple Pay todos os dias da minha vida. Como estou sempre com meu celular na mão, fica muito mais fácil usar a carteira digital do que o cartão físico”, conta.

Educação financeira r2s38

Contudo, essa praticidade pode ser perigosa, como destaca Areza Gomes, professora de economia da Uninassau. “As carteiras digitais tornam o gasto tão fácil que, muitas vezes, a gente perde a noção do valor do dinheiro. A praticidade de pagar com um clique ou aproximar o celular pode afetar a consciência financeira. Criar hábitos de controle, como definir limites de gastos, configurar alertas e revisar as despesas com frequência, pode ajudar bastante. A ideia é que a tecnologia esteja a serviço do planejamento financeiro, e não o contrário”.

Outra vantagem é a segurança oferecida pelos aplicativos e plataformas. “As carteiras digitais implementam diversos mecanismos de segurança para proteger o usuário. Um dos principais é a biometria, que combina algo que o usuário sabe (como uma senha) com algo que só ele possui (como reconhecimento facial ou impressão digital), funcionando como autenticação em dois fatores para autorizar pagamentos e evitar fraudes. Também é usada a criptografia, que embaralha os dados, tornando-os ilegíveis para quem não tem permissão de o. Esses dados podem permanecer criptografados no aparelho ou em servidores em nuvem, com segurança adicional. Muitas carteiras também usam códigos únicos de transação, que evitam a exposição de informações sensíveis, como dados bancários e identidade do titular”, explica a especialista em segurança digital, Semíramis Ribeiro.

Cuidados 5jq6e

A designer Stephanie Silva é usuária da carteira digital da Samsung e sente essa segurança. “No Samsung Wallet, antes de ativar a aproximação é necessário utilizar a sua digital ou senha. Além disso, tenho preferência em cadastrar cartões virtuais para que eu possa trocá-los com frequência, e sempre confiro se após a compra o cartão desativou a aproximação.”

Para tornar a experiência ainda mais segura, é preciso ficar atento aos cuidados em caso de furto ou perda do aparelho eletrônico em que o cartão está cadastrado.

“Os principais riscos de segurança associados ao uso de carteiras digitais se resumem à subtração do aparelho (roubo, perda, furto). Nessas situações, os cartões cadastrados na carteira digital podem ser removidos pelo site do próprio banco emissor ou diretamente pelo serviço onde foram registrados, como Apple Pay ou Google Pay. Além disso, é fundamental comunicar o ocorrido ao banco para que o cartão físico e os cartões virtuais vinculados sejam cancelados. Se necessário, será feita a emissão de um novo cartão”, indica Semíramis Ribeiro.

É preciso estar atento ainda ao fato de que muitas das carteiras digitais são geridas por grandes empresas de tecnologias, como afirma Areza Gomes. O crescimento das carteiras digitais ligadas a grandes empresas, como Google, Apple e Samsung, levanta preocupações. Essas companhias já têm ampla base de usuários, estrutura consolidada e o a muitos dados, o que dificulta a competição para bancos tradicionais e startups.

Um exemplo é o Mercado Pago, do Mercado Livre: por dominar o e-commerce e oferecer taxas competitivas, muitas lojas pequenas se veem obrigadas a usar a plataforma, mesmo havendo alternativas mais vantajosas. Isso reflete riscos de oligopólio no setor financeiro digital.

“Outro ponto é a privacidade: há risco de uso ou compartilhamento de dados financeiros, seja para fins comerciais, seja por exigência de governos. Como muitas dessas empresas seguem legislações de outros países, como Estados Unidos ou China, isso pode gerar vulnerabilidades jurídicas e comerciais no Brasil. Por isso, é fundamental que o poder público acompanhe o processo, com regulamentações que protejam o consumidor e garantam um mercado mais justo”, destaca Areza.

Com os devidos cuidados, é possível aproveitar as vantagens das carteiras digitais e tornar as transações financeiras mais práticas e seguras, como afirma Semíramis Ribeiro. “De modo geral, as carteiras digitais são seguras, mas a proteção eficaz depende de um esforço conjunto entre empresas e usuários, que precisam manter-se sempre atentos e atualizados”.

*Sob a supervisão do editor Fábio Bittencourt

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