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Crocante e macio 5c4746 o falafel pode ser o "pai" do acarajé?
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COLUNA

Por Isabel Oliveira

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 31 de maio de 2025 às 7:00 h | Autor:

Crocante e macio, o falafel pode ser o "pai" do acarajé? 2f1d6u

Nascido no Oriente Médio, a iguaria é feita de grão de bico substituída pelos africanos por feijão fradinho 563r5u

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Imagem ilustrativa da imagem Crocante e macio, o falafel pode ser o "pai"  do acarajé?
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Na nossa história cultural gastronômica, baseada no azeite de dendê, em que se destacam o acarajé, o vatapá, o caruru, como toda integração de culturas, há iguarias adaptadas dos povos africanos. Isso todo mundo já sabe em verso e em prosa, na Bahia e pelo Brasil.

Mas muita gente sequer sonha, nem mesmo de longe, que o nosso acarajé pode ter “parentesto”, digamos assim, com o falafel, um bolinho feito de grão-de-bico ou de fava, que tem origem no Oriente Médio, popularmente conhecido como uma iguaria de rua. E aí a história se aprofunda um pouco mais, pois há uma briga sobre quem pariu o falafel por naquelas plagas. Mas a história pode ficar no mundo da disputa dos povos daquela região, muito distante da nossa.

O grão-de-bico deve ficar de molho por no mínimo 24 horas
O grão-de-bico deve ficar de molho por no mínimo 24 horas | Foto: Farid/Divulgação

Vamos à história que realmente interessa e sempre é vista com muita curiosidade e certo receio por aqueles que am a conhecer um capítulo curioso envolvendo o acarajé baiano, contada por aqui tempos atrás . Isso porque os povos descendentes do Oriente Médio, que conhecem a iguaria baiana, dizem que o bolinho de grão-de-bico é pai do acarajé!

A história é, na verdade, muito interessante e curiosa, contada aqui e acolá, geralmente por descendentes daqueles povos. Quem revela é Marcos Almeida, gastrônomo e chefe de cozinha da rede de restaurantes Farid, especializada em comida Árabe, que serve o famoso bolinho.

Imagem ilustrativa da imagem Crocante e macio, o falafel pode ser o "pai"  do acarajé?
| Foto: Farid/Divulgação

“Ele é um prato muito popular no mundo no Oriente Médio, que se expandiu alcançando a parte ocidental da África, onde entra o povo iorubá, que teve o ao falafel. Este povo fez uma modificação substituindo o grão-de-bico pelo feijão fradinho. Então, a gente entende que os portugueses colonizaram o Brasil e trouxeram os africanos escravizados, que produziam o faláfel, porém feito com o feijão fradinho, chamando de acará. Por isso, essa familiaridade entre o falafel e o acarajé. Por aqui o bolinho de feijão fradinho também se adequou e ou por um processo chegando ao formato atual que conhecemos hoje”, conta.

A narrativa encontra resistência entre alguns especialistas, mas não deixa de ser interessante cruzar algumas informações, como o fato de as invasões Árabes, por exemplo, alcançarem diversas regiões da África Ocidental, chegando ao povo iorubá, que serve um bolinho muito parecido com o falafel, substituindo o grão-de-bico pelo feijão fradinho.

O fato é que foram os iorubás que trouxeram o bolinho, na versão do feijão fradinho, o acará, para terras brasileiras, segundo as informações de Marcos e publicações em revistas.

O bolinho de grão-de-bico tem semelhança com o acarajé
O bolinho de grão-de-bico tem semelhança com o acarajé | Foto: Farid/Divulgação

Quem tratou de relacionar o bolinho de grão-de-bico ao acarajé baiano, não se sabe, mas o caso é que os dois bolinhos guardam certa similaridade. São à base de leguminosas - grão de bico ou fava e feijão fradinho- bem como são fritos e a textura bem parecidas: crocante por fora e macio por dentro.

https://www.youtube.com/live/IEomdh8lDIY

Aprenda a fazer falafel por este vídeo

O assunto veio mais uma vez à tona em um Festival Gastronômico, em 2022, que ocorreu no Shopping da Bahia em homenagem à Lindinalva de Assis e Jaciara de Jesus, as célebres baianas Dinha e Cira do Acarajé, que deixaram um grande legado gastronômico e são a marca da Bahia.

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| Foto: Farid/Divulgação

A partir das famosas baianas, o Festival, à época, desafiou seis restaurantes que criaram pratos exclusivos com os ingredientes presentes no tabuleiro das baianas de acarajé. Então, o restaurante Farid imediatamente adaptou o bolinho de grão de bico, feito no local, mas com adequação muito aproximada do acarajé, o “filho pródigo”, diriam os descentes árabes.

“Quando o Shopping da Bahia provocou este desafio então imediatamente relacionamos a proposta ao falafel, que tem essa familiaridade com o acarajé, e aí comecei a pensar em como fazer para que ele representasse o acarajé da culinária Ocidental, mas ao mesmo tempo a gente homenageasse o tabuleiro baiano. Aí veio essa ideia de fazer alusão ao acarajé com o falafel”, conta Marcos.

Imagem ilustrativa da imagem Crocante e macio, o falafel pode ser o "pai"  do acarajé?
| Foto: Freepik/Divulgação

O chef de cozinha emenda: “Pelo formato dos bolinhos e ao degustar e sentir o sabor, os clientes logo se familiarizam com a lembrança do acarajé”, diz.

Almeida também provoca e conta como montar essa delícia das “Arábias”. “A gente incluiu uma pasta supergostosa, como o vatapá, uma pasta de grão-de-bico, o húmus. Leva alho, sal, tahine, o sumo de limão batido, processado. A pasta é bem leve e gostosa de se comer, abre o apetite porque ela leva sumo de limão, então a acidez abre o apetite, estimula as papilas gustativas. Tentei fazer com que o prato fizesse essa homenagem fazendo alusão ao acarajé. Então, a gente usa o bolinho de grão-de- bico, o falafel, frita, fica bem crocante por fora, por dentro bem macio, recheia com a pasta de húmus, faz a vinagrete um pouco mais rica e coloca o camarão fresco, salteado no alho e sal no lugar do camarão seco”, relata.

Os bolinhos de grão-de-bico estão participando do Festival Gastronômico do Shopping da Bahia
Os bolinhos de grão-de-bico estão participando do Festival Gastronômico do Shopping da Bahia | Foto: Farid/Divulgação

Para homenagear as baianas que estão nos nossos corações, Dinha e Cira, vamos aproveitar e saber como se faz essa delícia, independente ou não de ser ele o ”pai do acarajé”, como gostam de contar os descentes dos Árabes.

FALAFEL

Rendimento: aproximadamente 10 unidades

Ingredientes:
150g de grão-de-bico
12g de alho
24gde salsa
90g de cebola
90g de pimentão vermelho
15g de coentro
15g de gergelim
15g de sal
2g de bicarbonato de sódio
1g de pimenta branca
1g de páprica picante
3g de cominho

Modo de preparo:

Deixar o grão-de-bico de molho por no mínimo 24 horas. Escorrer os grãos. Cortar os legumes em cubos médios e processar junto com o grão-de-bico. Por último, misturar a massa com os temperos em pó. Modelar os bolinhos um a um. Fritar em gordura vegetal ou óleo a 180°C.

Validade

Congelado, 30 dias

Refrigerado, 3 dias

HOMUS

Ingredientes:
150g de grão de bico cozido
20g de sumo de limão
1g alho
2g de sal
17g de tahine

VINAGRETE TRADICIONAL

Ingredientes:
C
ebola
Tomate
Cheiro-verde
Sal
Azeite de oliva

CAMARÕES AO ALHO E ÓLEO

100g de camarão fresco sem cabeça e sem casca

Refogar no alho e óleo. E colocar três camarões em cada bolinho.

NOTA COM HISTÓRIAS & SABORES

Força’s Bar é o grande campeão do Comida di Buteco 2025, em Salvador

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| Foto: Comida de Buteco/Divulgação

Concorrendo com o prato ‘Bom D+’, o Força’s Bar – na Capelinha, acaba de conquistar o título de campeão do Comida di Buteco 2025, em Salvador. A cerimônia de premiação ocorreu na última terça, 27, no Mr. Caranguejo – em Pituaçu. O evento reuniu 59 representantes dos botecos, convidados especiais e patrocinadores em uma noite de brindes e petiscos. Celebrando a temática dos ‘25 anos do CDB’, a apuração ranqueou cinco bares finalistas: o ex-campeão Boteco da Mídia (5º colocado); Lampião na Cozinha (4º); Point do Campo Grande (3º); a de Barro (2º) e o Força’s Bar (1º lugar).

O evento, querido em todo o país e organizado por Max Rogers, foi responsável este ano por aquecer a economia local em aproximadamente R$ 4 milhões, com petiscos comercializados no valor fixo de R$35. Fenômeno sazonal, o ‘Comida di Buteco’ alcançou marcas históricas em 2025, com recordes de bares, participações femininas, incentivo às periferias, novas premiações, imunidade e muita culinária de raiz criativa em meio a 1,5 milhão de votos.

Cremonini Ristorante promove ‘La Notte d’Amore’ no Dia dos namorados

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| Foto: Cremonini Ristorante /Divulgação

No dia 12 de junho, o Cremonini Ristorante convida os casais apaixonados para uma celebração inesquecível do amor. La Notte d’Amore será uma experiência gastronômica pensada especialmente para o Dia dos Namorados, a partir das 19h30. Na ocasião, o restaurante recebe os clientes com um menu exclusivo em 7 etapas, criado pelo chef Massimo Cremonini, que promete transformar a noite em uma verdadeira viagem pelos sabores da alta gastronomia da Itália, onde nasceu, mais precisamente na região do Lazio, próximo a Roma, associada a São Valentim, o padroeiro dos namorados.

O chef criou um cardápio especial, a R$ 260 por pessoa, reunindo ingredientes nobres em combinações especiais, equilibrando sofisticação, frescor e afeto. As vagas são limitadas e as reservas podem ser feitas pelo número (71) 99694-2032 ou no link do perfil do restaurante no Instagram (@cremoniniristorante). O Cremonini Ristorante fica na Rua Alexandre Herculano, nº 18, na Pituba.

Bob’s em casa: Com aposta em inovação, Bob’s lança batata-frita congelada

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| Foto: Bob's /Divulgação

Por mais de sete décadas, o Bob’s, primeira rede de fast food e de franquias de alimentação do país, está no imaginário dos brasileiros. Agora, a marca quer ir além das lojas físicas e ocupar um novo espaço: a despensa dos consumidores. A principal novidade da linha é o lançamento da batata-frita congelada, super , desenvolvida na Holanda, com tecnologia coated que mantém a crocância mesmo em preparos sem óleo, como na airfryer ou no forno. O portfólio ainda traz molhos icônicos como o Big Bob, Burger & Salad e Bob’s Grill, que são apresentados em duas versões 200g e, como novidade, 730g.

@isabel _qoliveira

[email protected]

Isabel Oliveira ( facebook)

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