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Único filme brasileiro a ganhar em Cannes foi gravado em Salvador

Bahia e festival de cinema francês possuem uma longa relação

Por Luana Leal

24/05/2025 - 7:00 h
Wagner Moura pode ser o primeiro ator brasileiro premiado em Cannes
Wagner Moura pode ser o primeiro ator brasileiro premiado em Cannes -

Neste sábado, 24, os olhos do mundo se voltam mais uma vez para o cinema nacional. 'O Agente Secreto', de Kleber Mendonça Filho, está concorrendo à Palma de Ouro, principal prêmio do Festival de Cannes, na França, e pode quebrar um jejum de 63 anos.

Além disso, com Wagner Moura sendo um dos favoritos a ganhar o prêmio de Melhor Performance Masculina pelo filme, a Bahia volta também a ser o centro das atenções do evento francês. O baiano, protagonista do longa, pode realizar um feito inédito: ser o primeiro ator brasileiro a conquistar o título.

A trajetória do cinema baiano e sua forte relação com Cannes, no entanto, não é de hoje. Confira os marcos históricos que colocaram a Bahia no mapa do cinema internacional:

Glauber Rocha e 'O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro' (1969)

Um dos maiores nomes do Cinema Novo, o baiano Glauber Rocha conquistou o prêmio de Melhor Diretor em Cannes com O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro. A obra, estrelada por Maurício do Valle e Othon Bastos, retoma a temática do cangaço e dá sequência a personagens de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), filme que consolidou Glauber como referência no cinema autoral.

A produção aborda o drama da miséria no sertão nordestino e foi censurada pela ditadura militar brasileira, mas acabou liberada após o reconhecimento internacional em Cannes. Esse prêmio consolidou Glauber como um dos cineastas mais influentes da história do cinema brasileiro e mundial.

Glauber Rocha e 'O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro' (1969)
Glauber Rocha e 'O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro' (1969) | Foto: Reprodução

O Pagador de Promessas (1962) – Palma de Ouro

O clássico 'O Pagador de Promessas', dirigido por Anselmo Duarte, permanece até hoje como o único filme brasileiro vencedor da Palma de Ouro, principal prêmio de Cannes. A obra foi rodada em Salvador, na icônica igreja do Santíssimo Sacramento da Rua do o, no Centro Histórico, e narra a trajetória de Zé do Burro, interpretado por Leonardo Villar, um homem simples que decide cumprir a promessa de carregar uma cruz até a capital baiana após a cura de seu burro.

O Pagador de Promessas (1962) – Palma de Ouro
O Pagador de Promessas (1962) – Palma de Ouro | Foto: Reprodução

Além da consagração em Cannes, o longa também se tornou o primeiro filme sul-americano indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, elevando ainda mais a importância dessa produção na história do cinema nacional.

Leia Também:

Cidade Baixa (2005) – Estreia de Wagner Moura e Lázaro Ramos em Cannes

Em 2005, o Festival de Cannes recebeu mais uma obra com a marca baiana: Cidade Baixa, dirigido por Sérgio Machado e protagonizado por Wagner Moura, Lázaro Ramos e Alice Braga. O longa foi exibido na Quinzena dos Realizadores, uma das mostras paralelas mais importantes do festival, e apresentou ao mundo um retrato intenso da vida urbana em Salvador.

Cidade Baixa (2005) – Estreia de Wagner Moura e Lázaro Ramos em Cannes
Cidade Baixa (2005) – Estreia de Wagner Moura e Lázaro Ramos em Cannes | Foto: Reprodução

A trama acompanha a história de Deco (Lázaro Ramos) e Naldinho (Wagner Moura), dois amigos inseparáveis que vivem do transporte de mercadorias no cais de Salvador e acabam apaixonados pela mesma mulher, a dançarina Karinna (Alice Braga).

A relação triangular revela um enredo denso, que mistura paixão, violência e lealdade, tudo embalado pelas paisagens e sons característicos da capital baiana. A recepção calorosa em Cannes foi decisiva para consolidar a carreira internacional dos atores e fortalecer a representatividade do cinema baiano no cenário global.

Sinopse de O Agente Secreto: suspense, espionagem e paranoia no Recife dos anos 1970

O Agente Secreto gira em torno de Marcelo (Wagner Moura), um professor universitário especialista em tecnologia que, em plena década de 1970, retorna à sua cidade natal, Recife, para escapar de um ado misterioso. Ao chegar, descobre que está sendo espionado pelos vizinhos, em uma atmosfera carregada de tensão.

Apesar de ambientado em 1977, durante o regime militar, o diretor deixa claro que não se trata de um filme sobre a ditadura.

"O fato de ele ar em 1977 não faz do filme automaticamente e obrigatoriamente um filme sobre ditadura. O filme é um retrato histórico do Brasil. E a palavra ditadura não está no filme", afirmou Kleber.

Sinopse de O Agente Secreto: suspense, espionagem e paranoia no Recife dos anos 1970
Sinopse de O Agente Secreto: suspense, espionagem e paranoia no Recife dos anos 1970 | Foto: Reprodução

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