QUASE LÁ
Governo Lula está a 0,3% de retirar o Brasil do Mapa da Fome 6e2y5n
Declaração é de Luiza Trabuco, Secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social 4t5r1l
Por Alan Rodrigues

Depois de deixar o mapa da fome em 2014, o Brasil está a um o de repetir o feito, 11 anos depois. Para ser preciso, a 0,3 ponto percentual da meta de 2,5% fixada pela FAO, organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
O país voltou a figurar entre os países em situação de insegurança alimentar grave em 2019 mas, a partir de 2023, a situação começou a se reverter.
“De 2022 para cá, 24 milhões de brasileiros saíram da fome. Nós reduzimos o percentual de insegurança alimentar grave de 15% em 2022 para 4,1% em 2023. Isso corresponde a 8,7 milhões de brasileiros que ainda estão em insegurança alimentar, no comparativo com os 33 milhões de pessoas que avam fome no país em 2022”.
A declaração é de Luiza Trabuco, Secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Ela participou, esta semana, do 3° Seminário Estadual do Bahia Sem Fome das Cozinhas Comunitárias e Solidárias, em Feira de Santana.
Luiza explica que, considerando apenas os números de 2023, o Brasil atingiu o índice de 2,8% da população em situação de insegurança alimentar. Esse dado foi revelado pela FAO na reunião do G-20 em novembro de 2024, quando foi lançada a Aliança Global Contra a Fome. Portanto, basta recuar mais 0,3% para atingir a meta da entidade.
O que é o Mapa da Fome 6g2j1
O Mapa da Fome da FAO é dado a partir do indicador PoU (Prevalence of anourishment), ou prevalência de subalimentação, em português, que é um indicador de subalimentação. Nos relatórios que a FAO publica todos os anos, eles apresentam a média trienal, a média do POU de três anos.
“Ano ado, quando eles divulgaram o relatório, eles fizeram para o Brasil a medição do quanto foi o POU no ano de 2023, não o triênio. E no ano de 2023, o POU, o índice de subalimentação para o Brasil foi de 2,8%. Para sair do Mapa da Fome, o país tem que atingir 2,5%. Por isso que eu disse que considerando o dado isolado do ano de 2023”, explica Luiza.
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Segundo a secretária, o Bolsa Família tem um papel central na redução da fome . ‘O novo Bolsa Família foi fundamental para essa redução porque rea recurso no valor de 600 reais para as famílias que têm renda mensal per capita de até 218 reais’, diz Luiza.
“Além disso, foram criados novos benefícios variáveis para complementar a renda em domicílios com a presença de crianças de 0 a 6 anos, porque as pesquisas mostram que os domicílios com presença de crianças de 0 a 6 anos tem uma maior incidência de insegurança alimentar”, complementa a secretária, destacando os R$ 150 pagos para cada criança na família de 0 a 6 anos, além do benefício variável para crianças de 7 a 14 anos de 50 reais.
Para estimular as famílias a buscar novas fontes de renda, regras de proteção garantem que as pessoas possam se inserir em postos de trabalho, e, caso a renda do trabalho não ultrae uma determinada faixa, elas permaneces recebendo um percentual do Bolsa Família por um prazo de 12 meses, para só então, em caso de permanecer no emprego, ser desligada do programa.
Ainda assim, se a pessoa voltar a ficar desempregada, ela retorna automaticamente para o Bolsa Família, sem necessidade de fila, como em outras épocas.
Luiza Trabuco também ressalta a importância da qualificação do cadastro único, que registra as informações das famílias vulneráveis no país. Segundo a secretária, o Cadúnico foi negligenciado e o o aos benefícios acontecia pela internet de uma forma completamente sem critérios.
“Muita gente recebia sem precisar e pessoas que precisavam não estavam recebendo. Com a qualificação do cadastro único, as equipes municipais da assistência social promoveram a busca ativa para incluir nesse cadastro e incluir automaticamente no Bolsa Família as pessoas que mais precisam e retirar desse programa aquelas pessoas que não tem perfil”, destaca.
Bahia Sem Fome x4l44
A região Nordeste, historicamente castigada pela fome, ocupa lugar destaque na redução da insegurança alimentar, de acordo com Luiza Trabuco, que aponta programas complementares e aplicação de tecnologias sociais como responsáveis pelo avanço.
“A gente acredita que essa redução muito significativa no Nordeste tem a ver com realmente o impacto significativo de programas como o programa de cisternas, que é um programa que garante o a tecnologias sociais para fornecer condições para produção de alimentos no semiárido”, diz Trabuco.
O programa de aquisição de alimentos, que compra a produção da agricultura familiar no Nordeste também é muito significativo, segundo a secretária. Especialmente na Bahia, que tem o maior número de estabelecimentos de agricultura familiar do país.
“Foram mais de 230 mil contratos do Pronaf B na Bahia, o que corresponde a um volume de 1,3 bilhão de reais ados pelos agricultores familiares para apoiar a sua produção de alimentos, assim como também o PAA, que na Bahia já atende mais de 13 mil agricultores que podem vender a sua produção para o governo distribuir para as pessoas que estão em segurança alimentar”.
Contribuem ainda para a redução da fome as mais de 2 mil Cozinhas solidárias em funcionamento no Brasil e a adesão dos municípios brasileiros ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), que visa assegurar que todas as pessoas tenham o a alimentos saudáveis, seguros, em quantidade suficiente e de forma contínua.
Atualmente 1.642 municípios brasileiros aderem ao Sisan, ante 571 em 2023. Na Bahia, a adesão ainda cresceu mais de 1.400%. ‘Em 2023 eram apenas 7 municípios com adesão ao Sisan, ao final do ano ado tínhamos 96 e agora em maio temos 108 municípios baianos aderidos ao Sisan’, comemora o coordenador-geral do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira.
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