Rodoviários aprovam estado de greve em Salvador z6o62

Os rodoviários de Salvador aprovaram o estado de greve da categoria, após assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 11, em Salvador. Ao Portal A TARDE, o diretor do Sindicato dos Rodoviários, o vereador Tiago Ferreira (PT), disse que o estado de greve foi aprovado em dois turnos.

Com a aprovação, os ônibus de Salvador seguem circulando, mas o estado de greve permite que a categoria possa decidir uma data para uma paralisação, caso a rodada de negociação com os empresários e a Prefeitura não avance. O começo da mesa de negociação está previsto para a próxima terça-feira, 16.

"Hoje nós aprovamos em dois turnos o estado de greve. Ou seja, a autorização que os trabalhadores nos deu, junto com a direção do sindicato, para a continuidade dos trâmites de uma possível greve geral em Salvador. Claro, vamos olhar o melhor dia. Vamos continuar na busca por uma negociação que possa sair na mesa. Já pedimos a intermediação da antiga Delegacia Regional do Trabalho, diante da necessidade de surgir um acordo com a parte empresarial", disse Tiago Ferreira.

O líder dos rodoviários ainda disse que outra negociação está em curso com a Prefeitura. O caso envolve uma demanda da antiga CNS, relacionado com a desapropriação de antigos terrenos, que funcionavam como garagens, para o pagamento de indenizações dos trabalhadores.

"Entendemos que essa problemática, desde a intervenção da CSN até a caducidade do contrato, foi fruto das duas gestões: a de ACM [Neto] e de Bruno Reis. Eles são os principais responsáveis por todo o caos que está acontecendo em Salvador. Ele [o prefeito] ainda prejudica a população, com a retirada de mais de 600 ônibus, de linhas em diversos pontos da cidade. Ele também sinaliza retirar mais de 5 mil postos de trabalho em Salvador. E entendemos que o prefeito tem tinta na caneta para desapropriar os terrenos e entrar na mediação com os empresários", disse o vereador.

Ainda segundo Tiago Ferreira, terça-feira, 16, será o momento para a realização de uma nova rodada de negociação com mediação, mas acredita que não será possível alcançar uma negociação.