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ANÁLISE

Como Treinar Seu Dragão não precisava existir, mas não ofende

Live-action de Como Treinar Seu Dragão já está em cartaz nos cinemas brasileiros

Por Edvaldo Sales

13/06/2025 - 12:11 h
Cena do live-action de ‘Como Treinar Seu Dragão’
Cena do live-action de ‘Como Treinar Seu Dragão’ -

Seguindo a onda de live-actions que está em alta em Hollywood, ‘Como Treinar o Seu Dragão’, lançado em 2010, ganhou uma versão com atores de carne e osso. Com direção de Dean DeBlois, o qual também foi responsável pela trilogia original da DreamWorks, o longa é um enorme copia e cola, optando por jogar no seguro sem se arriscar — ou ao menos se esforçar para apresentar novas ideias e abordagens.

Infelizmente, isso coloca o filme — que vale lembrar, é o primeiro live-action da Universal Pictures — na prateleira de apenas mais uma tentativa de lucrar em cima da nostalgia e do carinho dos fãs por uma franquia já consolidada.

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Qual a história do live-action de Como Treinar o Seu Dragão?

Como Treinar o Seu Dragão conta a história da ilha de Berk, onde vikings e dragões são inimigos há gerações. Desafiando as tradições de seu povo, Soluço (Mason Thames) forma uma amizade improvável com Banguela, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, eles revelam uma nova verdade sobre os dragões e questionam as crenças mais profundas da sociedade viking.

Live-action não precisa ser igual ao original

Cena do live-action de ‘Como Treinar Seu Dragão’
Cena do live-action de ‘Como Treinar Seu Dragão’ | Foto: Divulgação

É importante deixar claro: live-action não precisa ser igual ao original. Algumas mudanças são bem-vindas e necessárias para justificar a existência de um novo filme. Alguns exemplos recentes comprovam isso. ‘Mulan’ (2020) talvez seja o que mais se distancie da animação para entregar novidades interessantes.

A obra apresenta uma versão mais madura da lenda da jovem chinesa. Apesar das duras críticas que recebeu, ele tem seus méritos. Assim como ‘A Pequena Sereia’ (2020) e ‘Mogli: O Menino Lobo’ (2016), que respeitam a essência da animação clássica, mas atualizam a narrativa para os dias atuais.

O novo Como Treinar o Seu Dragão até faz algo nesse sentido ao escalar Nico Parker, uma atriz de pele negra, para interpretar Astrid Hofferson — que no original é loira e tem olhos azuis —, interesse amoroso Soluço. Mas, no final das contas, é uma mudança que, mesmo sendo interessante e necessária, não tem o peso para fazer o filme se destacar.

Falta na nova versão a ousadia para tirá-la do lugar comum e tornar a sua existência justificável. A obra lançada há 15 anos já está entre uma das melhores da década ada, e isso se deve ao carisma dos personagens e à riqueza do universo, que é expandido nas duas sequências.

Apenas a possibilidade de ver atores reais dando vida àquelas pessoas em cenários realistas é convidativa, mas por que não ir além? É esse questionamento que fica na cabeça assim que os créditos finais começam a subir.

Existem pontos positivos em Como Treinar o Seu Dragão. O principal deles é o visual, não só da ilha de Berk, mas também dos dragões — que estão lindos. Porém, o mesmo não pode ser dito dos figurinos, os quais parecem estar sempre limpos demais para uma história como a que está sendo contada.

O elenco também se destaca. Mason Thames (O Telefone Preto) está muito bem como Soluço e entrega um protagonista carismático, divertido e atrapalhado. Nico Parker é mais uma escolha certeira do casting. Após conquistar o coração dos fãs de The Last of Us ao viver Sarah Miller na adaptação, a jovem chama atenção pela doçura e força que ele emprega na personagem.

Mas os holofotes devem ser merecidamente jogados sobre Gerard Butler (300), que dá vida ao Stoick the Vast, pai do Soluço. O ator escocês rouba a cena sempre que aparece e tem nas mãos um dos momentos mais tocantes do live-action.

O texto e a direção de Dean DeBlois seguem à risca o o a o do roteiro e das escolhas de enquadramentos da animação, sem abrir espaço para muitas margens criativas. E esse é outro fator que impacta negativamente na experiência.

Era melhor não ter mexido

Cena do live-action de ‘Como Treinar Seu Dragão’
Cena do live-action de ‘Como Treinar Seu Dragão’ | Foto: Divulgação

Segundo Dean Deblois, a ideia era “melhorar” o que já havia sido feito. “Se não fosse para melhorar, provavelmente não deveríamos mexer”, disse ele ao g1. Na ocasião, o diretor falou que era hora de “acrescentar” à história.

No entanto, não houve uma transposição certeira da ideia para as telas. Fica a sensação que, apesar das tentativas, houve um receio de como os fãs reagiram diante de mudanças ou acréscimos que distanciassem o live-action da animação. O que contribui para um resultado pouco satisfatório.

Ou seja, era melhor não ter mexido.

Para os fãs, pode ser uma oportunidade de ver personagens queridos em destaque mais uma vez. Para os novatos, é uma boa chance de conhecer a ótima história de um herói improvável e seu melhor amigo.

Mas se um visual mais realista não for necessariamente o que você busca em um live-action, pode esperar a nova versão sair no streaming, tranquilamente.

Horários, cinemas e mais: e o Cineinsite AQUI e veja onde os filmes estão ando.

Assista ao trailer de ‘Como Treinar o Seu Dragão’:

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